Como estou com os pezinhos virados para as férias poder-se-á adiantar que durante duas semanas não haverá novidades neste blog. A não ser que… eu venha cá, durante o meu período de descanso, dar um arzinho da minha “graça” ou então aconteça um milagre, o que acho pouco provável. Mas seria engraçado quando voltasse ver esta casa cheia de “irmãos” pródigos.
Para mim o principal é: férias = não trabalhar. Só o conceito de “não trabalhar” atrela a si uma quantidade de coisas boas. Por exemplo: não ter que acordar “cedo”, não ter que ligar o despertador, que, por sua vez, está umbilicalmente ligado ao facto de não ter que deitar cedo. Ou seja: deitar tardíssimo, não ligar o despertador e levantar para almoçar, pelo menos. Pois… e é óptimo! Basta fazer isto durante dois dias para entrarmos logo no ritmo. Praticamente viramos o relógio ao contrário, exceptuando as horas das refeições. E o que me surge à ideia? Os tempos de estudante. (“Aiii… que saudades!”) Com uma nuance. Deitava e levanta-me tarde, mas ligava o despertador!!! Numa tentativa, na maior parte das vezes, frustrada de acordar para ir às aulas! O que acontecia era de manhã o despertador ligar a rádio com os locutores irritantemente bem dispostos e travar-se uma batalha entre o anjinho bom e o anjinho mau… quase sempre com um vencedor antecipado. O bom dizia docemente: “Oupa… está na horinha de acordar, tomar banhinho, lavar os dentinhos pegar na pastinha e ir para as aulinhas!” Por muito meiga que fosse a voz nada, ou quase nada, podia vencer o “Desliga isso! Deitaste-te tarde e precisas de descansar! Não podes andar em pé só com meia hora de sono… faz-te mal e não digo isto por mal! Estou a zelar pela tua saúde!” E eu como não gosto de conflitos, e com a saúde não se brinca, tentava agradar aos dois… estendia o braço e suspendia repetidamente o despertar por 6 minutos. Um abanava a cabeça desolado, como que a desaprovar a minha iminente cedência aos lençóis. O outro fazia um risinho tipicamente mafarrico e para ajudar à festa fazia com que ficasse muito frio e chovesse violentamente contra a janela do meu quarto para o caso de me dar um acesso de loucura e sair da cama, voltando assim para trás com a mesma destreza…! Obviamente a minha vida de estudante não foi sempre assim… mas andou lá perto.
-“Então? Estás de férias?
- É verdade!
- E… quando vais embora?"
Um enfadado e de peito cheio: “Até já!”
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