incoerente, adj. 2 gén. que não é coerente; desconexo; ilógico; disparatado; inconsequente; discrepante (De in-+coerente).

_ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _

quarta-feira, setembro 06, 2006

Uma queda, ao detalhe...

Há momentos na vida que sentimos o coração a bater, que significa que estamos vivos. A prova disso mesmo é uma batida que se sente na zona do peito mesmo por baixo do externo. No entanto também se pode sentir as pulsações num pulso ou junto do pescoço. Isto a acontece com mais intensidade quando apanhamos um susto ou algo similar. Tropeçar e cair… aparentemente parece uma coisa simples… mas há muita coisa que nos acontece naquela fracção de segundo. Por vezes até pode ser mais que uma fracção, quando o tropeção é do tipo “apanhar morangos”, podemos quase que chegar aos 3 segundos.
Imaginem que vão na rua descansados da vida, a caminhar, e se há coisa que não contamos é que tropecemos. Mas por vezes isso acontece. Tropeçamos e “opsss”. É logo a primeira reacção, se não for já um palavrão. Sabemos, quase desde o início, como vai acabar. Imediatamente tentamos estabilizar o nosso ponto de gravidade, colocando o outro pé imediatamente à frente. Só que não chega. O pé que tropeçou também tem de ser utilizado imediatamente. Neste instante entramos na já dita fase de “apanhar morangos”. Não é que os morangos sejam apanhados àquela velocidade, a posição é idêntica mas de forma muito mais calma. Tentamos então, a todo custo, restabelecer a nossa marcha colocando sucessivamente um pé à frente do outro. Como já advimos inclinados de trás as nossas pernas começam a ser grandes demais para flectir de forma que o pé avance o mais possível. Estamos, cada vez mais, com a cara tão perto do chão que não temos capacidade para inverter o que nos está acontecer. Durante esta fase os braços, as mãos, também vão sendo usadas, com movimentos aleatórios, embora sem muita ajuda. No instante antes da queda, começamos a usar as mãos como se fossem pernas para tentar dar uma ajuda, mas infelizmente o destino é mesmo malhar no chão. Depois de algumas braçadas a seco e de meio cestinho de morangos recolhidos, estas preparam-se para o pior de forma a minimizar os estragos. São colocadas de forma a nos proteger do impacto e principalmente a cara. Nesta fase temos plena consciência de que o chão nos vai acolher da forma mais dura. As mãos são pousadas no chão e começam a deslizar. As primeiras mazelas são aí recolhidas. Entretanto os braços são esticados e os cotovelos começam também a apanhar o seu quinhão. Com sorte a cara e o nariz ficam intactos, mas os joelhos depois daquele esforço roçam até o corpo parar…
E aí está. Estamos estatelados no chão. Por muito que nos doa, levantamos tão depressa como caímos. Olhamos à volta e procuramos alguém que ouse rir-se. Se ninguém riu ou viu, olhamos para as mãos, cotovelos e joelhos para analisar os estragos e praguejamos, praguejamos muito e só não gritamos porque não podemos… Olhamos para o que nos fez cair e praguejamos, praguejamos muito…

4 comentários:

Anónimo disse...

e se ninguem nos estiver a ver?

eagle disse...

Aí, em alto e bom som, sai o chorrilho completo!!!

Peninha disse...

pois é... parece que é mais facil escrever sem a pressão de ser administrador...

Anónimo disse...

ESTE BLOG JÁ MORREU?????


POSSO ENTERRA-LO????

Blog optimizado para Firefox 3.0.3

blogaqui? Estou no Blog.com.pt

  • Incoerente
  • ©
    2009,

    eagle - Todos os direitos reservados