Apelo à Nação

Imaginemos que o Presidente da República, além de o fazer no Natal/Passagem de Ano, se dirigia também aos portugueses, por exemplo, na véspera do dia de S. Valentim. Qual a postura que adoptaria? Como seria o discurso dele?

Ora vejamos:

Postura – O cenário poderia ser perfeitamente o leito presidencial, coberto com pétalas de rosas vermelhas, sentado com a esposa do lado direito e uma música romântica de fundo (ao som de “Pan Pipes”). Quanto à indumentária não me vou alargar muito deixando à imaginação do cyber-leitor, mas um pijaminha com corações acompanhado de um gorro, daria um certo encanto ao momento.

Discurso – Seria mais ou menos dentro disto:

Portugueses, amanhã, dia de S. Valentim, é um dia importante para o nosso país. Um dia que pode ser aproveitado para combater a desertificação. Como sabem, Portugal passa por um envelhecimento da população que poderá afectar a médio/longo prazo, o desenvolvimento da nação. Consciente que dei o exemplo com a minha Maria, faço um apelo a todos os cidadãos, neste Dia dos Namorados, dia de amor, para que façam “o amorrrre”, com bolinha no canto (risos), mas em consciência, com o sentido de dever para bem da nação. Mas sejam originais, não o façam como uma obrigação, mas sim pelo prazer de o fazer. Usem os vossos míseros ordenados ou se for necessário liguem para as linhas de crédito imediato e façam uma viagem de sonho, mimem o vosso cônjuge com prendas, façam com que se sinta especial. No entanto tenham em atenção que ao fim de 9 meses, o vosso “investimento” dará frutos, terão de rondar numa zona geográfica que possua serviço de obstetrícia, no caso de não ter nenhuma perto da sua área de residência, para que nada corra mal.

Se todos colaborarmos, estaremos a construir uma nação próspera e jovem para enfrentar as dificuldades que este executivo actual vos causa.

Dica: uma palmadinha no fulgor do momento, apimenta o calor da relação.

A bem da nação.

“Labina”

(Oh meu Deus, não digas essas coisas)