incoerente, adj. 2 gén. que não é coerente; desconexo; ilógico; disparatado; inconsequente; discrepante (De in-+coerente).

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sábado, janeiro 20, 2007

Crítica "Literária"

Quando nos dispomos a criticar algo temos de ter pelo menos três coisas em conta. Primeiro: ver, ouvir, cheirar, provar ou sentir aquilo que vamos criticar.
Segundo: ter a noção de que ao estarmos a criticar, é porque, com toda a certeza, faríamos melhor. Acho que qualquer pessoa pensa assim…
Terceiro: não ficava bem uma análise deste calibre apenas com dois pontos.

Certamente, quem está desse lado a ler provavelmente pensará: “ok eagle, portanto tu não tens muito assunto na área da crítica!” O que não deixa de ser verdade, basicamente eu não critico. Vejo, ouço, cheiro, provo, sinto e… calo. Resumindo, qualquer ser humano normal tem 5 sentidos e eu tenho 6, o que vendo bem as coisas acaba por não ser um sentido mas talvez uma repressão que deverá vir dum trauma de infância que a equipa que eu contratei (1 psicólogo, 1 psiquiatra, 1 hipnotizador e 1 canalizador) ainda não descobriu. E a dúvida levanta-se. Porquê que nesta heterogénea equipa há 1 psicólogo? Bom... achei que seria bem porreiro deitar-me numa marquesa e falar para o tecto, antes de pegar no soninho…

No entanto, por muito que eu tenha a noção que sou possuidor de poucos dotes, após ter lido o livro, esse bestseller, “Eu, Carolina”, livro esse que por estes dias vai já na 12ª edição, cheguei à conclusão que afinal há algo no mundo da literatura que eu estou à vontade para criticar e, sim senhor, para poder dizer: “Eu? Claro que faria melhor!!!”

Eu resumiria o livro numa frase bastante popularizada pelo nosso Pedro Lamy, claro está, reportando ao género: “Tenho cara de miúda, mas sou muito rodada!” Certo é que “cara de miúda” não será a avaliação fisionómica mais indicada, contudo é mais nova que eu alguns anos e por isso tenho moral e arcaboiço para lhe chamar miúda. E como o povo às vezes chama a uma rapariga magra de “miúda” penso que até faz algum sentido.

Para quem pega no livro e lhe dá uma olhada em diagonal, a título de curiosidade, vê um livro dividido em duas partes: A primeira, muito texto; a segunda, álbum de fotografias.

Lendo mesmo, como quem lê um livro, chega-se ao fim com uma desilusão muito grande… quem estava à espera de saber como é a “vida” de uma mulher de alterne depois do “horário de serviço” esqueça… ela esquiva-se muito bem com uma frase do género: “… quando saía do “Calor da Noite”, lá estava o meu taxista para me levar a casa da minha irmã…” Fica o mistério em pé acerca desse anónimo taxista que tantas vezes lhe fez o carreto.

De qualquer forma não deixa de ser interessante, no álbum de fotos, a ternura do Pinto da Costa, além do outro lado do homem do futebol, que dá “traques” de arrepiar, chama filhos à ninhada de cães e dá chocolates aos amigos.

Numa análise mais funda diria que o livro fala na infância, num pai tirano que a enfiou num colégio de freiras, no seu namorado, de 50 e tal anos tendo ela 18 que lhe enfiou dois filhos nos braços, só percebendo então que o gajo era mesmo o que o pai pensava, na sua entrada para o emprego nocturno, o seu romance com o Pinto da Costa, as viagens à custa dele, as fugas à Judiciária, a amassadela ao Bexiga, o fim do romance e posterior sessão de galhetada…

Deixo-vos aqui algumas fotos que constam do livro (que considero as melhores) com comentários que me parecem mais apropriados ao significado da película:


"Estou quase, só mais um bocadinho, uuff!"



"Tás a ber onde é qu' isto vai entrar não é, amorzinho?"



"Vou-lhe esfoliar os pés com esta escovinha..."



"Já tive pegas maiores!!!



"Oh que carago, além de ressonar ainda levanta a perna para se peidar..."



"Há cães com sorte!"



"Vou ter de acender outro cigarro para disfarçar o cheiro, não é?"



"Nunca me tinha aliviado numa coisa destas, uuff!"



"O Bexiga até arreganhou os dentes, carago!!!"



"Os filhos da... Carolina"


Para finalizar, não aconselho a compra por motivos óbvios, mas se quiserem pesquisem que ele anda por aí disponível para download...

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